sexta-feira, 2 de maio de 2008

BAIRRO ALTO - Moradores contribuem para diminuir os focos de dengue em Curitiba


Daiane
Strapasson

A prefeitura de Curitiba investe, desde janeiro, em campanhas para mobilizar a população para conter o avanço do mosquito transmissor da dengue (Aedes Aegypti). No último sábado, dia 19, foi realizado um programa com ações integradas de prevenção à dengue nas nove administrações regionais. Ações semelhantes vão ocorrer todos os sábados, até 21 de junho.

De acordo com informações da assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, as regiões são classificadas de acordo as características dos bairros. As consideradas áreas de riscos são aqueles bairros localizados às margens de rodovias. “São lugares onde há depósitos de ferro velho, pneus e passagem de veículos procedentes de estados onde há epidemia da dengue”, esclarece a assessoria.

Moradores do Bairro Alto também estão preocupados com a proliferação do mosquito. A dona de casa Maria de Lourdes Andreatta, 62, cultiva flores no quintal e dentro de casa, e dá dicas de como limpar as plantas e pratinhos. “Eu sempre me preocupei em não deixar água parada nos pratinhos ou dentro das próprias flores. Uma vez por semana eu limpo e coloco palha de madeira para não acumular água”.

A Associação de Moradores do Bairro Alto e o Conselho Local de Saúde promovem semanalmente mutirões, principalmente em áreas próximas às margens do Rio Bacacheri e do Rio Atuba. Segundo o presidente da associação, Genivaldo Santos, são recolhidos os lixos e feitas visitas aos moradores. De acordo com Santos, a partir do dia 1.º de maio este trabalho será estendido também para vistoriar empresas fechadas nas margens da BR 116. “Qualquer um pode ver de fora a situação desses terrenos. Há muito lixo e água parada”.

De acordo com dados da prefeitura, até o dia 8 de abril foram registradas 324 suspeitas de casos da doença na capital, sendo 18 confirmados, todos importados de outros estados (9 do Rio de Janeiro, 4 de Rondônia, 2 do Amazonas, 2 da Bahia, 1 de São Paulo). Nenhum corre risco de morte.

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