sexta-feira, 23 de maio de 2008

TARUMÃ - Fumantes desrespeitam lei na Unibrasil


José Rodrigues Silva Neto

Em vigor desde 1996, a Lei n.º 9294/1996, que proíbe fumar em locais públicos, dificilmente é respeitada em toda a extensão do país. Para notar a precariedade da legislação brasileira, em todos os lugares que contém a placa “Proibido fumar” se vê o contrário, várias pessoas fazem uso do cigarro.

Na Unibrasil, essa prática é exercida principalmente nas cantinas, com a lei sendo desrespeitada acintosamente e sem fiscalização alguma por parte dos comerciantes e funcionários. O tabagismo nessas áreas incomoda os não fumantes. O estudante Gabriel Assunção se incomoda com o fato de os locais estarem infestados de fumantes. “Acho um desrespeito fumar em locais fechados, ainda mais quando o lugar é apenas para consumir alimentos”.

A falta de rigor na fiscalização é notada não só pelos não fumantes. O estudante Douglas Santucci, fumante há dois anos, afirma que a falta de desrespeito à lei se dá principalmente devido à falta de controle dos responsáveis pelos estabelecimentos. “Como não há nenhuma fiscalização, mesmo sendo proibido, os fumantes já tomaram conta dos lugares mesmo com a constante reclamação dos que se sentem incomodados”.

A cantina do bloco 1, de propriedade de Juarez Nascimento, é exceção à regra. Questionado sobre os fumantes em seu estabelecimento, Nascimento foi incisivo. “O pessoal aqui respeita muito na questão do tabagismo, mas porque eu proíbo”. Indagado sobre onde os clientes podem fumar, o comerciante foi bem claro. “Simplesmente, os nossos clientes vão fumar lá fora”.

O tabagismo na instituição não abrange somente as cantinas, mas em todos os locais do câmpus é possível visualizar alunos, funcionários e professores que utilizam o tabaco. Mas esses fumam em locais abertos, não prejudica a saúde dos não-fumantes. Também não há restrição alguma à lei.

Segundo pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o cigarro causa mais de cinco milhões de mortes por ano, ou seja, mais de 10 mortes por dia. Em 2030, a estimativa é que o produto seja responsável pela morte de oito milhões de pessoas. De acordo com os dados da pesquisa, cerca de um bilhão de pessoas consomem cigarro.

O cigarro provoca doenças como câncer, impotência sexual, doenças cardiovasculares e vários outros problemas nocivos à saúde. Não somente o fumante ativo pode contrair essas doenças. O fumante passivo também tem grandes chances de contrair as mesmas moléstias, por isso, o respeito à lei deve ser rigoroso. Segundo o cardiologista Geraldo Scheffer, o cigarro é o produto que mais enfraquece e adoece o principal órgão do ser humano. “O perigo de doenças cardiovasculares aumenta 50 vezes com o uso do tabaco, além de acelerar o envelhecimento e o provável aparecimento de vários tipos de câncer”.

Um comentário:

Unknown disse...

Que belo informe..."...O estudante Gabriel Assunção se incomoda com o fato de os locais estarem infestados de fumantes..." Creio que fumantes então são nadas mais que "pragas" pois segundo matéria infestam...
Será que entendi direito ou um futuro jornalista não sabe escrever?